domingo, 27 de junho de 2010
Felicidade..
é que nem agua você tenta ficar com ela ali, por menos de um minuto ela escorre entre seus dedos. Quem sabe nossa vida seja uma fonte. Uma fonte inconstante, aliás. Às vezes escorre água, às vezes não. E dependendo do nosso estado de espírito, essa fonte jorrará água ou independentemente da nossa vontade uma coisa pode acontecer, um cano pode quebrar. Esse cano representa nossos problemas, aqueles tão difíceis de resolver, ou aqueles obstáculos. Que seja. E a água que é nosso estado de espírito, nossa felicidade transparente, a qual só se pode ver e tocar por poucos instantes, afinal felicidade não se toca, apenas se sente. E se você passar a vida tentando agarrá-la nunca vai poder sentir a essência do que é ser feliz de verdade.
sábado, 26 de junho de 2010
Sonhos
O que significam sonhos pra você? Não são apenas meros desejos. São vontades tão intensas que nem você consegue controlar. E você vai construindo isso dentro da sua alma, de um jeito que a esperança vai crescendo, e a cada dia esse sentimento vai se acumulando dentro de você... E de repente, tudo cai. Tudo o que você construi, com tanto amor, dedicação e carinho desaba na frente dos seus olhos. Você tenta não chorar. Você trinca os dentes pra fazer as lágrimas voltarem, mas sua garganta já está doendo, seus lábios tremendo, sua visão atrapalhada pelas lágrimas. É impossível não chorar. É impossível ignorar esse sentimento. E os dias passam. Você tenta ter fé, tenta dar a volta por cima e refazer seus sonhos, mas ao mesmo tempo você tem medo de ter esperanças demais e logo depois, elas desabarem na sua frente. E durante o dia, você brinca, você esquece disso, você se distrai e até consegue fazer piada do assunto, mas não há uma noite em que você não deite no travesseiro pensando naquilo. Não há uma noite sequer que você, antes de dormir, chore, perguntando-se o que não deu certo, o que você fez de errado e porque essa maldita dor não passa. Porque dói em tudo, dói em lugares que você nem sabia que existia. Não passa nunca? Passa. Claro que passa. Demora, ah, como demora! Mas passa. Vai esfriando aos poucos, até se tornar uma lembrança, meio triste, como naqueles pesadelos em que tudo é sem cor e coberto por uma névoa branca, mas passa. E então, demore o tempo que demora, você encontra força dentro de si pra fazer um novo sonho. Pra ter novamente aquela esperança há tanto esquecida e aquele conhecido brilho no olhar... Aquela fé, que você tinha perdido, e a vontade de sonhar de novo.
Hoje
"depois de tantos anos, abri os olhos e notei que não gosto da forma como vivemos. Dói na alma saber que existem guerras, fome, pobreza, doenças, morte. Esvazia meu coração saber que esquecemos de onde viemos; que estamos matando uns aos outros, mesmo sendo irmãos; que uns têm demais e outros não têm nada; que uns dariam tudo por um minuto a mais de vida e outros se suicidam; que uns se queixam de coisas estúpidas enquanto outros estão quase morrendo, mas com um sorriso. Hoje o mundo me fez pensar por que atualmente contam mais as cirurgias estéticas; por que a socidedade nos impõe estereótipos do que asseguram ser "a beleza"; nos vendem revistas, massagens, cortes de cabelo e sala de cirurgia; porque de repende decidimos mudar tudo. É muito triste como o ser humano se deixa levar pelas coisas físicas, pelas aparências, pelo superficial, e deixa de lado o mais importante. E sabe o que me perguntei hoje ? Por que não há comprimido, nem cremes, nem massagens para ser uma pessoa melhor, para saber perdoar ? Porque não existe uma lipoaspiração para tirar o rancor, o orgulho e a dor que existe no mundo todo ? Por que não existe um implante de consciência, de compaixão, de perdão ? Por que não existe uma cirurgia para trocar tanta infidelidade, tanta libertinagem, tanta confusão, por amor ? Realmente a tristeza me invadiu ao abrir os olhos e ver em que se transformou nosso mundo. É tão fácil julgar e tão difícil reconhecer nossos erros! É tão fácil criticar e falar dos outros e tão difícil aceitar e amar a nós mesmos. Isso é triste, mas afinal temos de lutar por nossos sonhos sem ligar para o que digam de nós. Eu sei que você tem uma missão e uma vida diferentes da minha; eu sei que você, como eu, quer amor, paz, que preencher esse vazio que ás vezes faz com que deixemos de lutar; sei que você quer que o mundo volte a ter sentido!"
O sofrimento
me ensinou muita coisa, entre elas está que eu ainda te amo, está também que eu não te esqueci, e que não adiante fingir que te ignoro, porque na sua frente solto sorrisos sárcasticos, porém todos falsos pra fingir que estou muito bem sem você, mais longe de ti, só me vem dor e sofrimento, e lágrimas me tornam como uma cachoeira nervosa, mais o sofrimento me ensinou que eu não preciso mais te-lô em minha vida, me ensinou que eu posso correr atrás do que eu desejo ao invés de lamentar por não te-lô, o sofrimento me fez superar minha dor silênciosa a noite ouvindo nossa música, o sofrimento me fez ter você de volta na minha vida, e eu agradeço por ter sofrido um dia por você, por eu jamais sofrerei assim de novo, eu aprendi muito oque outras pessoas não descobriram ou ainda vão descobrir, eu espero que elas também descubram, só pra saber como apesar de aparentar ser ruim, sofrer é muito bom, pra quem quer aprender !
Ela tinha dezessete anos. Ele, vinte e quatro. Ela era responsável e perfeccionista, e já ele era inconseqüente e vivia a vida como se não houvesse obrigações a cumprir. Ela tinha regras, muitas regras, dezessete regras no total. E ele tinha uma única regra: não havia regras ou limites para impedi-lo. Ela era amável e carinhosa, porém, não se apaixonava fácil. Ele era galinha, não era homem de uma mulher só. Eles se conhecem, no dia dezessete de julho. No dia dezessete do mês seguinte, uma viagem surge. Uma viagem de dezessete dias. Nessa viagem, eles se conhecem melhor. Dezessete minutos exatos de conversa pra descobrir quantas coisas eles tem em comum, apesar de serem tão diferentes no final das contas. O mais improvável acontece: eles se apaixonam. Ele não quer aceitar o fato de estar apaixonado por uma única garota. Ela não quer aceitar o fato de estar apaixonada por um homem como ele. No décimo sétimo dia de viagem, ele a beija. Dezessete segundos, longos segundos, num beijo que nunca seria esquecido. Ela o empurra e diz que é um erro. Ele diz que não é errado se apaixonar. Ela diz que é melhor ele seguir seu caminho, e ela faria o mesmo. E é isso que acontece. Dezessete semanas se passam. Ele não consegue esquecê-la. Ela não consegue esquecê-lo. Ele manda uma carta pra ela, pedindo pra revê-la; uma carta com exatas dezessete linhas. Ela chora ao lê-la; chora em silêncio, de forma curta e resumida, apenas dezessete lágrimas... Enxuga-as rapidamente, e não responde a carta, mas guarda-a com carinho, entre os seus dezessete livros preferidos. A carta veio acompanhada de um buquê com dezessete rosas vermelhas e perfumadas, que foram carinhosamente depositadas num vaso com água. No dia seguinte, ela vai visitá-lo, no décimo sétimo andar de seu prédio, e quando aperta a campainha, uma loira atende a porta. Ele está logo atrás, apenas com uma toalha enrolada na cintura. Ele tenta se explicar. Ela não quer explicações.Ele tenta se explicar. Ela não quer explicações. Ela chora. Dessa vez, não dezessete lágrimas, mas sim dezessete minutos de lágrimas. E depois de dezessete dias, ela consegue outro namorado, uma pessoa dezessete anos mais velha... E ele, assim que fica sabendo, vai atrás dela. Encontra-a sozinha em seu apartamento e fala uma única frase, com dezessete palavras: Eu te amo, não consigo te esquecer, por favor, me dá uma chance de fazer você feliz. Ela apenas responde que é tarde demais. Ele pede desculpas. Ela apenas chora por dentro, mas sua máscara fria permanece pelos dezessete minutos em que ele estava presente. E ele vai embora, ela continua na sua vida de perfeccionismo, sem ele. Ele sabe o quanto ela dá atenção aos detalhes, o quanto ela não admite falhas, e segue com sua vida... Sabendo que nunca seria completa sem ela. E ela completa dezoito anos. Dezoito. Um número perfeito. Sem erros, sem falhas.
Olhe, não fique assim não
vai passar. Eu sei que dói, é horrível. Eu sei que parece que você não vai aguentar, mas aguenta. Sei que parece que vai explodir, mas não explode. Sei que dá vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar. Dor é assim mesmo: arde, depois passa. Aliás, a vida é assim: arde, depois passa. A gente acha que não vai aguentar, mas aguenta as dores da vida. Pense assim: agora está insuportável, agora você queria abrir o zíper, sair do corpo, encarnar numa samambaia, virar um paralelepípedo ou qualquer coisa inanimada, anestesiada, silenciosa. Mas agora já passou, agora já são dez segundos depois da frase passada. Sua dor já é dez segundos menor do que há duas linhas atrás. Você acha que não porque esperar a dor passar é como olhar um transatlântico no horizonte estando na praia. Ele parece parado, mas aí você desvia o olho, toma um picolé, lê uma revista, dá um pulo no mar e quando vai ver o barco já está lá longe. A sua dor agora, essa fogueira na sua barriga, essa sensação de que pegaram sua traquéia e seu estômago e torceram como uma toalha molhada, isso tudo - é difícil de acreditar, eu sei - vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num imenso mar de memórias. Levante-se daí, vá tomar um picolé, ler uma revista, dar um pulo no mar. Quando você for ver, passou. Agora não dá mesmo para ser feliz. É impossível. Mas quem disse que a gente deve ser feliz sempre? Isso é bobagem. Como cantou Vinícius: "É melhor viver do que ser feliz". Porque para viver de verdade a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado para trás, cai. Dói, eu sei como dói. Mas passa. Está vendo a felicidade ali na frente? Não, você não está vendo, porque tem uma montanha de dor na frente. Continue andando. Você vai subir, vai sentir frio lá em cima, cansaço. Vai querer desistir, mas não vai desistir, porque você é forte e porque depois do topo a montanha começa a diminuir e o único jeito de deixá-la para trás é continuar andando. Você vai ser feliz. Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que estou falando a verdade. Eu não minto. Vai passar.
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